segunda-feira, 11 de maio de 2009

TERMINOLOGIA RADIOGRÁFICA

Radiografia
Uma radiografia é um filme ou outro material de base que possui uma imagem processada de uma determinada região anatômica do paciente (produzida pela ação dos raios X no filme).

Radiografar: É a produção de radiografias e/ou outras formas de imagens radiográficas.

Radiografia VS. filme de raios X : Na prática, os termos radiografia e filme de raios X (ou apenas filme) são freqüentemente usados sem distinção entre si. O filme de raios X refere-se especificamente à parte física do material onde a imagem radiográfica será exposta. O termo radiografia inclui o filme e a imagem.

Exame ou procedimento radiográfico posicionando o paciente para um exame de rotina de tórax
1-Posicionamento da parte do corpo e alinhamento do raio central (RC)
2. Seleção de medidas de proteção contra a radiação
3-Seleção dos fatores de exposição (técnica radiográfica) no painel de controle
4-Instrução do paciente para respirar e, em seguida, início da exposição
5-Revelação do filme

Posição anatômica
Em posição vertical, braços aduzidos (para baixo), palmas para a frente, cabeça e pés virados exatamente para a frente. Essa posição corporal específica é usada como referência para outros termos de posicionamento . Observação: Quando se referir a uma parte específica do corpo em relação a outras partes, o técnico/radiologista sempre precisa pensar na pessoa em posição ortostática e anatômica, mesmo quando for descrever as partes de um paciente que está deitado; caso contrário, pode ocorrer confusão ao realizar a descrição.

Planos Corpóreos, Cortes e Linhas
Os termos de posicionamento que descrevem os ângulos do raio central (RC) ou as relações entre as partes do corpo são freqüentemente relacionados aos planos imaginários que passam
através do corpo em posição anatômica. O estudo de uma TC (tomografia computadoriza­da) e de uma RM (ressonância magnética) enfatiza a anatomia seccional, que também envolve os planos primários e os cortes descritos a seguIar.

PLANO: SUPERFíCIE EM LINHA RETA QUE -- UNE DOIS PONTOS
Quatro planos comuns são usados em radiologia:
Plano sagital : Um plano sagital é qualquer plano longitudinal que divide o corpo em uma parte direita e uma parte esquerda. O plano medio sagital, por vezes chamado também de plano medi­ano, é um plano sagital que passa pela linha média dividindo o corpo em duas partes iguais, uma direita e uma esquerda.Ela passa aproximadamente através da sutura sagital do crânio. Qualquer pla­no paralelo ao plano mediano ou medio sagital é chamado de pla­no sagital.

Plano coronal
Um plano coronal é qualquer plano longitudinal que divida o corpo em partes anterior e posterior.O plano medio coronal divide o corpo em partes anteriores e posteriores iguais. É denominado plano coronal porque passa aproximadamente através da sutura coronal do crânio. Qualquer plano paralelo ao plano mediocoronal ou frontal é denominado plano coronal.
Plano horizontal (axial)
Um plano horizontal (axial) é qualquer plano transverso que passa através do corpo em ângulo reto ao plano longitudinal, dividindo o corpo em porções superior e inferior.
Plano oblíquo
Um plano oblíquo é um plano longitudinal ou transverso que está angulado ou inclinado e não paralelo aos planos sagital, coronal ou horizontal.


CORTE: UMA SUPERFíCIE DE "CORTE" OU "FATIA"
Cortes longitudinais - sagital, coronal e oblíquo
Esses cortes são feitos longitudinalmente na direção do eixo longitudinal do corpo ou de qualquer uma de suas partes, independentemente da posição do corpo (em pé ou deitado).Os cortes longitudinais podem ser feitos nos planos sagital, coronal ou oblíquo.
Cortes transversais ou axiais
Os cortes são feitos em ângulo reto ao longo de qualquer ponto do eixo longitudinal do corpo ou de qualquer uma de suas partes. Imagens sagital, coronal e axial: As imagens por TC e de RM são obtidas nessas três incidências ou orientações comuns.

PLANOS DO CRÂNIO
Plano da base do crânio
Esse plano transverso preciso é formado pela conexão de linhas das margens infra-orbitárias (limite inferior das órbitas ósseas) às margens superiores do meato acústico externo (MAE, a abertura externa do ouvido).
Algumas vezes, também é chamado de plano antropológico ou plano horizontal de Frankfort, como usado em ortodontia e em topografia craniana para medir e localizar pontos cranianos específicos ou estruturas.

Plano de oclusão
Esse plano horizontal é formado pelas superfícies de mordedura dos dentes superiores e inferiores com a mandíbula fechada (usado como um pla­no de referência da cabeça nas radiografias dentais e de crânio).

TERMOS PARA SUPERFíCIES DAS MÃOS E DOS PÉS
Três termos são usados em radiologia para descrever superfícies específicas dos membros superiores e inferiores como descritos a seguir:
Plantar
Refere-se à região plantar ou à superfície posterior do pé
Dorso
Pé: Refere-se à parte de cima ou à superfície anterior do pé Mão: Refere-se à parte de trás ou à parte posterior da mão.Observação: Os termos dorso ou dorsal em geral referem-se à parte posterior ou vertebral do corpo. Entretanto, quando usado em relação aos pés, o dorso refere-se especificamente à superfície superior, ou aspecto anterior, do pé em oposição à sola, mas, para a mão, à parte de trás ou posterior é a superfície oposta à palma.
Palmar
Refere-se à palma da mão; na posição anatômica, é o mesmo que superfície anterior ou ventral da mão. Fig. 1.42 Superfícies dorsal e palmar da mão.
Incidências Radiográficas
Incidência é um termo de posicionamento que descreve a direção ou trajetória do RC da fonte de raios X quando estes atravessam o pa­ciente, projetando uma imagem no filme.

TERMOS COMUNS DE INCIDÊNCIA
Incidência póstero-anterior (PA)
É a incidência do RC de trás para a frente.A combinação desses dois termos, posterior e anterior, em uma única palavra é abreviada como PA. O RC penetra na superfície posterior e sai na superfície anterior (incidência em PA). Obtém-se uma PA verdadeira quando não há rotação intencional precisando o RC estar perpendicular ao plano coronal do corpo e paralelo ao plano sagital, a menos que algum termo que qualifique como oblíqua ou em rotação seja usado para indicarem contrário
Incidência ântero-posterior (AP)
É uma incidência do RC de frente para trás, o oposto de PA.A combinação desses dois termos, anterior e posterior, em uma única palavra descreve a direção do RC, que penetra na superfície anterior e sai pela superfície posterior (incidência em AP) Obtém-se uma AP verdadeira quando não há rotação intencional, a menos que algum termo que qualifique seja também usado indicando que seja uma incidência oblíqua

Incidências oblíquas AP ou PA
É uma incidência em AP ou em PA dos membros superiores ou inferiores que seja oblíqua ou rodada, não sendo uma AP ou PA verdadeira. Por esse motivo, é preciso haver um adjetivo indicando para que lado está rodada, como rotação medial ou lateral (de AP ou PA, conforme a posição anatômica) .

Incidências médio-lateral e látero-medial
Uma incidência lateral descrita segundo a trajetória do RC Dois exemplos são as incidências médio-lateral do tornozelo e látero-medial do punho . A determinação do lado medial ou lateral é novamente baseada na posição anatômica do paciente.

Posições do Corpo
Em radiologia, o termo posição é usado de duas formas, a primeira como uma posição geral do corpo, como descrito a seguir, e a segunda como uma posição específica do corpo .

POSiÇÕES GERAIS DO CORPO
As oito posições gerais do corpo mais comumente usadas em radiologia são:
Ereta ( ortostática ) - Na posição vertical, em pé ou sentado com o tronco ereto
Decúbito (reclinado)
Deitado em qualquer posição (decúbito)
. Decúbito Dorsal: Deitado sobre o dorso
. Decúbito Ventral: Deitado sobre o abdome
. Decúbito Lateral: Deitado de lado (lateral esquerda ou direita)
Trendelenburg
Uma posição de decúbito na qual a cabeça fica em um nível mais baixo do que os pés
Posição de Sim (posição de semidecúbito ventral)
É uma posição de decúbito oblíquo em que o paciente se deita sobre o lado anterior esquerdo com a perna esquerda esticada e o joelho direito parcialmente fletido . A posição de Sim modificada é usada para a inserção de um tubo retaI para enema baritado .
Posição de Fowler
É uma posição de decúbito em que o corpo é inclinado de forma que a cabeça esteja em um nível superior ao dos pés
Posição de litotomia
É uma posição de decúbito dorsal na qual os joelhos e o quadril ficam fletidos e a coxa abduzida e rodada externamente, apoiada pelo suporte para os tornozelos.
POSIÇÕES ESPECÍFICAS DO CORPO
Além das posições gerais do corpo, a segunda parte do assunto posição é usada em radiologia em referência a algumas posições específicas do corpo descritas pela parte do corpo restrita ao filme (oblíquas e laterais) ou pela superfície onde o paciente está deitado (decúbito).

Posição lateral
Refere-se ao lado, ou à visão lateral . São as posições laterais específicas como a parte restrita ao filme, ou à parte do corpo onde o RC incide . Uma posição lateral verdadeira estará sempre a 90° ou perpendicular ou em ângulo reto à verdadeira incidência AP ou PA. Se não for uma lateral verdadeira , será uma posição oblíqua.

Posição oblíqua
É uma posição angulada em que nem o plano sagital nem o plano coronal do corpo são perpendiculares ou em ângulo reto com o filme . As posições oblíquas do tórax, abdome ou pelve são descritas pela parte restrita ao filme, ou à parte do corpo onde o RC incide.



Posições oblíquas posteriores esquerda e direita (OPE e OPD)
Descreve uma posição oblíqua específica em que o aspecto Posterior esquerdo ou direito do corpo é restrito ao filme. O feixe de raios X sai na face direita ou esquerda do corpo Observação: Essas também poderiam ser denominadas incidências oblíquas AP porque o RC penetra na superfície anterior e sai posteriormente. Por esse motivo, ao longo do livro, as oblíquas serão referidas como posições e não como incidências.Todavia, as oblíquas de membros inferiores e superiores são corretamente descritas como oblíquas AP ou PA, mas precisam de uma descrição adicional como rotação medial ou lateral .

Posições oblíquas anteriores direita e esquerda (OAD e OAE) Referem-se àquelas posições oblíquas em que o aspecto anterior direito ou esquerdo do corpo é restrito ao filme e pode ser na posição ereta ou nas posições gerais de decúbito . Observação: Essas também podem ser descritas como incidências oblíquas em PA se uma especificação da posição for adicionada, como posição em OAD ou OAE. Não é correto o uso desses termos oblíquos ou abreviações OPE, oro, OAD ou OAE sozinhos como incidências porque eles não descrevem a direção ou caminho do RC-.

Posição de decúbito
A palavra decúbito significa literalmente "deitado", ou a posição presumida como estando deitado. Essa posição do corpo, que significa aparado em uma superfície horizontal, é designada segundo a superfície onde o corpo se encontra deitado. Isso portanto refere-se ao paciente deitado em uma das seguintes superfícies do corpo: costas (dorsal), frente (ventral) ou lado (lateral esquerda ou direita). No posicionamento radiográfico, o decúbito é sempre usado com uma fonte horizontal de raios X.
As posições em decúbito são fundamentais para a detecção de níveis hidroaéreos ou ar livre nas cavidades do corpo, como tórax ou abdome, onde o ar se mobiliza para a porção superior da cavidade.

Posição de decúbito lateral direito ou esquerdo (incidência AP ou PA)
Nessa posição, o paciente deita-se de lado e a fonte de raios X é posicionada horizontalmente de anterior para posterior (AP) ou de posterior para anterior (PA) .
A posição AP ou PA entre parênteses é importante como especificação do termo para denotar a direção do RC.
Essa posição serve tanto para o decúbito lateral esquerdo como para o decúbito lateral direito. Isso é designado de acordo com o lado dependente (o lado na posição inferior).

Observação: Isso é semelhante à posição de decúbito lateral, exceto pela fonte emissora de raios X, que é direcionada horizontalmente, tornando-a uma posição de decúbito lateral (incidência AP ou PA).

Posição de decúbito dorsal (lateral esquerda ou direita)
Nessa posição, o paciente está deitado de costas sobre uma superfície com o feixe de raios X direcionado horizontalmente, saindo do corpo do lado mais próximo do filme .
A posição é denominada de acordo com a superfície sobre a qual o paciente está deitado (dorsal ou ventral) e pelo lado mais próximo do filme (direito ou esquerdo). Observação: É semelhante à posição de decúbito dorsal, exceto pelo fato de que o feixe de raios X está direcionado horizontalmente e sai pelo lado do corpo, indicando que essa é uma posição lateral de decúbito dorsal.

Posição de decúbito ventral (lateral direito ou esquerdo)
Nessa posição, o paciente está deitado na superfície ventral (anterior), com os raios X direcionados horizontalmente, saindo do lado mais próximo ao filme . A posição é designada de acordo com a
superfície na qual o paciente está deitado (ventral ou dorsal) e com o lado mais próximo ao filme (direito ou esquerdo).

Os termos seguintes , demostram suas definições e também se referem à trajetória ou incidência do RC e são portanto incidências, em vez de posições.




Incidência axial
O termo axial refere-se ao eixo longo de uma estrutura ou parte (em torno da qual o corpo gira ou é disposto). O termo súpero-inferior ou cefalocaudal descreve uma posição axial verdadeira em que o RC é direcionado ao longo do eixo axial ou à linha central do corpo humano da cabeça (superior ou cefálica) aos pés (inferior ou caudal) . Aplicação especial - Axial AP ou PA: No posicionamento radiográfico, o termo axial é usado para descrever qualquer ângulo do RC maior que 10 graus ao longo do eixo longitudinal do corpo.* Deve­-se notar , entretanto, que em um sentido real uma incidência axial deve ser direcionada ao longo ou paralela ao eixo longitudinal do corpo ou da parte. O termo semi-axial descreve mais precisamente qual­quer ângulo ao longo do eixo que não seja verdadeiramente ao longo ou paralelo do eixo longitudinal. Entretanto, em nome de outras referências, o termo incidência axial será usado ao longo do texto para descrever tanto a incidência axial como a semi-axial .

Incidências axiais ínfero-superior e súpero-inferior
As incidências infere-superiores são freqüentemente feitas para os ombros e o quadril, onde o RC penetra abaixo ou inferiormente e sai acima ou superiormente . O contrário a isso é a incidência súpero-inferior, como na incidência especial para os ossos nasais .

Incidência tangencial
Significa tocando a curva ou a superfície em apenas um ponto . Esse termo especial de incidência é usado para descrever a incidência que simplesmente toca uma parte do corpo para projetá-Ia em seu perfil e distante de outras estruturas do corpo: Exemplos: A seguir, temos três exemplos ou aplicações do termo incidência tangencial como definido acima:
Incidência do arco zigomático . Incidência para trauma de crânio a fim de demonstrar uma fratura depressiva .

Incidência axial AP - posição lordótica
Esse é um tipo específico de incidência AP de tórax para demonstrar os ápices pulmonares. É também comumente chamado de incidência ápico-Iordótica. Nesse caso, é o eixo longitudinal do corpo que está angulado, em vez do RC . O termo lordótico vem de lordose, um termo que denota a
curvatura das colunas cervical e lombar. Quando o paciente assume essa posição , a curvatura lombar lordótica está exagerada, tornando esse termo descritivo para essa incidência especial de tórax.

Incidência transtorácica lateral (posição lateral direita)
É uma incidência lateral através do tórax . Requer um termo específico de posicionamento (posição lateral direita ou esquerda) para se indicar qual o ombro. Observação: Essa é uma adaptação especial do termo incidência, significando que o RC passa através do tórax mesmo que não seja incluída a sua entrada nem seu local de saída. Na prática, é uma incidência lateral de ombro comum e é referida como lateral transtorácica de ombro direito ou esquerdo.

Incidências dorsoplantar e plantodorsal
Esses são termos secundários para as incidências AP e PA do pé.

Dorsoplantar (DP) descreve a via do RC da superfície dorsal (anterior) para a superfície plantar (posterior) do pé . A incidência plantodorsal especial para o osso do calcanhar (calcâneo) é chamada de incidência plantodorsal axial (PD) porque o RC angulado penetra a superfície plantar do pé e sai pela superfície dor­sal .
Observação: Lembre-se, o termo dorso para o pé refere-se à superfície anterior

Incidências parietoacantial e acantioparietal
Para a incidência parietoacantial, o RC penetra pelo osso parietal do crânio e sai no acântio (junção entre o nariz e o lábio superior).O RC em direção oposta descreve a incidência acantioparietal . Tais incidências para os ossos da face são também conhecidas como PA de Waters e PA de Waters reversa.


Incidências submentovértice (SMV) e vértice submentoniana (VSM) Essas incidências são para o crânio e para a mandíbula.Para a incidência submentovértice (SMV), o RC penetra abaixo do queixo ou mento e sai pelo vértice ou topo do crânio . A incidência vértice submentoniana (VSM) é oposta à última e me­nos comum, entrando pelo topo do crânio e saindo abaixo da mandíbula (sem ilustração).

Termos de Relação
A seguir, foram emparelhados termos de posicionamento e/ou anatômicos descrevendo as relações das partes do corpo com seus significa­dos opostos:

Medial versus lateral:
Em direção versus distante do centro, ou do plano mediano. Na posição anatômica, o aspecto medial de qualquer parte do corpo é à parte "de dentro" mais próxima ao plano mediano e a parte lateral é a mais distante do plano mediano ou linha média do corpo. Exemplos: Na posição anatômica, o polegar está no aspecto lateral da mão. A parte lateral do abdome e do tórax é distante do plano mediano.

Proximal versus distal
O proximal está próximo da origem ou do início, e distal está distante do mesmo. Em relação aos membros superiores e inferiores, proximal e distal devem significar as partes mais próximas ou distantes do tronco, da origem ou início do membro.
Exemplos: O cotovelo é proximal ao punho. A articulação do dedo mais próxima à palma é chamada de articulação interfalangiana proximal (IFP), e a articulação próxima da parte final do dedo é chamada de articulação interfalangiana distal (lFD).

Cefálico versus caudal
Cefálico significa em direção, enquanto caudal significa distante da cabeça.
O ângulo cefálico é qualquer ângulo em direção à cabeça . (Cefálico significa literalmente cabeça ou em direção à cabeça.)
O ângulo caudado é qualquer ângulo em direção aos pés ou distante da cabeça . (Caudal ou caudado deriva de cauda, que li­teralmente significa "rabo".)

Na anatomia humana, os termos cefálico e caudado também podem ser descritos como superior (em direção à cabeça) e inferior (em direção aos pés).
Observação: Conforme mostrado nas ilustrações, esses termos são corretamente empregados para descrever a direção do RC para to­das as incidências axiais ao longo de toda a extensão do corpo, não apenas incidências da cabeça.

PREFIXOS
O prefixo intra significa estar situado dentro ou na parte de Dentro (por exemplo, intravenoso: estar dentro da veia).
O prefixo inter significa estar situado entre algo (por exemplo, intercostal: localizado entre as costelas).
O prefixo exo significa estar fora ou externamente (por exemplo), exocárdico: algo em desenvolvimento ou situado fora do coração).

Superficial versus profundo
Superficial está próximo à superfície da pele; profundo está longe da mesma. Exemplo: O corte transverso mostra que o úmero é profundo quando comparado à pele do braço.
Outro exemplo é um tumor ou lesão superficial, localizado próximo à superfície, comparado a um tumor profundo ou lesão, localiza do mais profundamente dentro do corpo ou parte dele.

Ipsilateral versus contralateral
Ipsi lateral significa estar do mesmo lado do corpo ou de parte dele; contralateral é o lado oposto.
Exemplo: O polegar direito e o há lux são ipsilaterais; o joelho direito e a mão esquerda são contra laterais.
Termos Descritivos das Curvaturas da Coluna
Lordose versus cifose
Ambos os termos descrevem uma curvatura da frente para trás da coluna.
A lordose é uma convexidade anterior mais comum na região da coluna lombar.
A cifose é uma convexidade posterior, geralmente na região da coluna torácica.
Escoliose: A escoliose é uma curvatura lateral, ou "lado a lado" da coluna.

Termos Relacionados aos Movimentos
Flexão versus extensão
Ao fletir ou estender uma articulação, o ângulo entre as partes Diminui ou aumenta.
A flexão diminui o ângulo da articulação (ver os exemplos da Flexão do joelho, do cotovelo e do punho) .
A extensão aumenta o ângulo conforme as partes do corpo se flexionam para uma posição retificada. Isso é válido para as articulações do joelho, cotovelo e punho, como demonstrado.

Hiperextensão
Estender uma articulação além do seu estado natural.
Hiperextensão anormal: A hiperextensão do cotovelo ou do joelho ocorre quando a articulação é estendida além de seu estado retifica­do ou natural. Esse não é um movimento natural para essas duas articulações e resulta em lesão ou trauma.
Flexão normal e hiperextensão da coluna: A flexão é o ato de dobrar, e a extensão é o retorno à posição retificada ou natural. Uma curvatura para trás além de sua posição de neutralidade é a hiperextensão. Na prática, entretanto, os termos flexão e extensão são comumente empregados para
expressar uma flexão extrema e as incidências de hiperextensão da coluna .

Híperextensão normal do punho: Um segundo exemplo para o uso especial do termo hiperextensão é no punho, para avaliação do canal ou túnel carpal. Nessa posição, o punho é hiperestendido além da posição neutra. Esse movimento também é denominado dorsiflexão (ou flexão posterior).
Flexão aguda do punho: Uma flexão aguda ou completa do punho é necessária para algumas incidências tangenciais para visualizar a ponte do carpo na face posterior do punho .
Desvio ulnar versus desvio radial do punho
Desvio significa literalmente "para o lado" ou "sair do padrão ou curso". Desvio ulnar significa virar ou dobrar a mão e o punho a partir de seu estado natural em direção ao lado ulnar, e desvio radial significa voltar o punho para o lado radial. Observação: Edições passadas deste livro, bem como outras referências sobre posicionamento, definiram esses movimentos do punho como movimentos de flexão radial e ulnar porque eles descrevem os movimentos de flexão específica voltados tanto para a ulna como para o rádio Entretanto, a comunidade médica, incluindo os ortopedistas, comumente usa os termos desvio radial e ulnar para os movimentos dos punhos. Esta edição também alterou essa termino­logia para movimentos de desvio ulnar e radial a fim de evitar confusões e assegurar a coerência com outras referências médicas.

Dorsiflexão versus flexão plantar do pé
Dorsiflexão do pé: diminuir o ângulo (flexão) entre o dorso (topo do pé) e a parte inferior da perna, movendo o pé e os dedos para cima .
Flexão plantar do pé: esticar a articulação do calcanhar, movendo o pé e os dedos para baixo a partir da posição normal; flexionar ou diminuir o ângulo voltado para a superfície plantar (posterior) do pé.

Eversão versus inversão
Eversão é um movimento de estresse para fora com O pé através da articulação do calcanhar.
Inversão é um movimento de estresse para dentro aplicado ao pé sem a rotação da perna.
A superfície plantar (sola) do pé é virada ou rodada para fora do plano mediano (a sola aparece em uma direção mais lateral) para a versão e voltado para o plano mediano na inversão.

A perna não roda, e um estresse é aplicado aos aspectos mediaI e lateral da articulação do calcanhar para a avaliação de uma possível maior abertura do espaço articular (encaixe do calcanhar).

Valgo versus varo
O valgo descreve a curvatura da parte para fora ou se distanciando da linha média do corpo. Valgo é usado às vezes para descrever a eversão de estresse (esforço valgo) da articulação do calcanhar.
O varo significa "joelho travado" e descreve a curvatura da parte interna ou voltada para a linha média. O termo esforço varo é às vezes utilizado para descrever a inversão de estresse aplicada à articulação do calcanhar.
Observação: Os termos valgo e varo são também usados para descrever a perda de alinhamento dos fragmentos ósseos.

Rotação medial (interna) versus rotação lateral (externa)
A rotação medial é a rotação ou desvio de parte do corpo, movendo o aspecto anterior da parte para dentro, ou para o plano mediano.
A rotação lateral é a rotação anterior voltada para fora, ou para longe da linha média.

Observação: Lembre-se, no posicionamento radiográfico esses termos descrevem o movimento do aspecto anterior da parte a ser rodada. Assim, nos movimentos do antebraço , o aspecto anterior do antebraço move-se medialmente ou internamente na rotação medial e lateralmente ou externamente na rotação medial e lateral­mente ou externamente na rotação lateral. Outro exemplo são as oblíquas medial e lateral do joelho, em que a parte anterior do joelho é rodada medialmente e lateralmente tanto nas incidências AP como em PA .

Abdução versus adução
Abdução é o movimento lateral do braço ou perna se distanciando do corpo. Outra aplicação para esse termo é a abdução dos quirodáctilos e dos pododáctilos, o que significa afastáIos entre si.
Adução é o movimento do braço ou perna em direção ao corpo, a fim de aproxima-lo do centro ou da linha média.
A adução dos quirodáctilos e dos pododáctilos significa movê-Ios juntos ou aproxima-los entre si.

Supinação versus pronação
Supinação é o movimento de rotação da mão para a posição anatômica
(a palma para cima em decúbito dorsal ou para a frente na posição ortostática).
Esse movimento gira o rádio e o antebraço lateralmente ao longo de seu eixo.
Pronação é a rotação da mão em uma posição oposta à anatômica
(palma voltada para baixo ou para trás).
Observação: Para ajudar a lembrar esses termos, relacione-os aos de­cúbito dorsal e ventral. Decúbito dorsol e supinoção significam que a face e a palma da mão estão voltadas para cima, e decúbito ventral ou pronoção significam que a face e a palma estão voltadas para baixo.

Protração versus retração
A protração é o movimento de avanço em relação à posição normal. A retração é o movimento retrógrado ou a condição de levar para trás. Exemplo: A protração é o movimento de avanço da mandíbula (levar o queixo para a frente) ou de avançar com os ombros. A retração é o oposto disso, mover a mandíbula para trás ou retrair os ombros, como nas posturas militares.
Inclinação versus rotação
Inclinação é um movimento inclinado em relação ao eixo longitudinal.
Por exemplo, a parte do corpo está posicionada obliquamente ou inclinada 15° e rodada 1 5° de forma que o RC não fique alinhado ou paralelo ao eixo longitudinal e o eixo longitudinal da cabeça não fique alinhado com o eixo longitudinal do corpo.
Observação: A inclinação de 15° e a rotação de 15° da cabeça são necessárias para a incidência tangencial da arcozigamático, a fim de distingui-lo de outras estruturas do crânio.

Rotação é virar ou rodar parte do corpo ao redor de seu eixo.

Sumário de Termos que Podem Ser Usados Erroneamente
Os três termos posição, incidência e visão são às vezes confundidos e usados na prática de maneira incorreta. Esses termos devem ser compreendidos e usados corretamente, como se segue:
Posição
Posição é um termo usado para indicar a posição física geral do paciente, como em decúbito dorsal, decúbito ventral, decúbito ou posição ortostática. A posição também é usada para descrever posições específicas do corpo pelo segmento do corpo mais próximo ao filme, como as laterais e oblíquas.O termo posição deve ser "restrito ao exame da posição física do paciente"

Incidência
Incidência é um termo correto de posicionamento para descrever ou referir a via ou direção do raio central (RC), projetando uma imagem em um filme (IR). O termo incidência deve ser "restrito ao exame da trajetória do raio central".*

Visão
Visão não é um termo de posicionamento correto nos EUA. O termo visão deve ser "restrito ao exame da radiografia ou imagem".* Visão descreve a imagem radiográfica como sendo a mais favorável para o filme.

SUMÁRIO DAS INCIDÊNCIAS E POSIÇÕES
Incidências Gerais (Caminho do RC)
Posições Gerais do Corpo
Posições Especificas do Corpo (A Parte Mais Próxima ao Filme)
Póstero - anterior (PA)
Anatômica
D ou E lateral
Antero - posterior (AP)
Decúbito
Oblíquas
Médio-lateral
dorsal
*-Posterior esquerda (OPE)
Látero- medial
Decúbito
*-Posterior direita (OPD)
AP ou PA oblíqua
ventral
*-Anterior esquerda (OAE)
AP ou PA axial
Ereta (vertical)
*-Anterior direita (OAD)
Tangencial
Deitado
Decúbito
Transtorácica
Trendelenburg
*-Lateral esquerdo
Dorsoplantar (DP)
De Sim
*-Lateral direito
Plantodorsal (PD)
De Fowler
*-Ventral
Axial ínfero-superior
Litotomia
*-Dorsal
Axial súpero-inferior

*-Lordótica
Axiolateral


Submentovértice (SMV)

Vértice- submentoniana (VSM)

Parietoacantial e outros .


Critérios Radiográficos
o objetivo de todo técnico/radiologista deve ser não apenas tirar uma radiografia "passável", mas sim uma imagem ótima que possa ser usada como um padrão definível, como descrito nos critérios radiográficos.

FORMATO DOS CRITÉRIOS RADIOGRÁFICOS
O técnico/radiologista deve rever e comparar a radiografia com um padrão para determinar o quão próximo da imagem ótima foi conseguido. Um método sistemático para aprender como avaliar radiografias é divi­dir a análise crítica em cinco partes.
1. Estruturas mostradas: Descrever precisamente que partes e estruturas anatômicas devem ser claramente visualizadas na radiografia.
2.Posição:Geralmente descreve duas coisas: (1) posicionamento da parte do corpo em relação ao filme e (2) fatores de posicionamento que são importantes para a incidência. Por exemplo, os principais fatores para o posicionamento correto no caso de uma incidência lateral do antebraço são: (1) ulna/rádio alinhados com o eixo longitudinal do filme, (2) cotovelo fletido 90° e (3) sem rotação a partir de uma posição lateral verdadeira. (Mostrar como a rotação pode ser determinada é descrito em seguida.)
3. Colimação e RC: Descreve dois fatores: (1) onde as bordas da colimação devem estar em relação àquela parte do corpo e (2) a localização do raio central (RC).
Isso também é importante para os membros superiores e inferiores quando as articulações são as principais áreas de interesse; o RC precisa estar precisamente centrado na articulação para evitar distorções na Imagem.
4. Critérios de exposição: Descreve como os fatores de exposição ou técnicas (kVp, mA e tempo) podem ser estimados para uma exposição ótima daquela parte do corpo. A ausência de movimento é a prioridade máxima, e uma descrição de como a presença ou a ausência de movimento pode ser determinada é lista da. (O movimento é incluído como um critério de exposição porque o tempo de exposição é o fator de controle primário do movimento.)
5. Marcadores de imagem: Uma quinta área crítica de análise envolve os marcadores de imagem. Os marcadores de identificação do paciente, os marcadores dos lados D e E e/ou da posição do paciente, bem como os marcadores de tempo, devem estar corretamente posicionados para que não fiquem superpostos à anatomia essencial.
Observação: Essa parte dos critérios radiográficos sobre os marcadores de imagens não está listada em cada posicionamento de página ao longo do texto porque é essencialmente a mesma para todas as incidências. Entretanto, ela deve ser sempre incluída na prática clínica quando as imagens radiográficas forem avaliadas e criticadas.

Marcadores de Imagem e Identificação do Paciente
No mínimo dois tipos de marcadores devem ser impressos em todas as radiografias. São eles (1) a identificação do paciente e a data e (2) os marcadores do lado anatômico.

FATORES DE EXPOSiÇÃO (TÉCNICA)
O técnico/radiologista ajusta três variáveis ou fatores de exposição no painel de controle do aparelho de raios X sempre que uma radiografia é feita . Essas três variáveis ou fatores de exposição, por vezes referidos como fatores de exposição ou de técnica, são os seguintes:
1. Pico de quilovoltagem (kVp)
2. Miliamperagem (mA)
3. Tempo de exposição (s)
A miliamperagem (mA) e o tempo (s) (tempo de exposição em segundos) são geralmente combinados em miliamperes por segundo (mAs), o que determina a quantidade de raios X emitidos pelo tubo de raios X a cada tempo de exposição. Cada um desses fatores de exposição possuium efeito específico de controle sobre a qualidade da imagem radiográfica. Além de ser capaz de posicionar corretamente o paciente, o técnico/radiologista precisa conhecer certos fatores que influenciam a qualidade de imagem e sua relação com esses fatores ou variáveis de exposição.Exceção: Quando ativados, os sistemas de controle automático de exposição (CAE) promovem o fim automático do tempo de exposição quando exposição suficiente foi recebida pela célula da câmara de ionização.
FATORES DE QUALIDADE DA IMAGEM
Certos fatores que avaliam a qualidade de uma imagem radiográfica são chamados de fatores de qualidade da imagem.
Os quatro fatores primários de qualidade da imagem são os seguintes:
1. Densidade
2. Contraste
3. Detalhe
4. Distorção
Esses quatro fatores podem ser regulados conforme descrito a seguir:




1. Densidade
DEFINIÇAO
A densidade radiográfica pode ser descrita como o grau de enegrecimento da imagem processada. Quanto maior a densidade, menos luz atravessará a imagem.
FATORES DE CONTROLE
O fator primário de controle de densidade é o mAs, que controla a densidade diretamente pela quantidade de raios X emitidos pelo tubo de raios X durante uma exposição. Assim, um valor duas vezes maior de mAs dobra a quantidade de raios X emitidos e dobra a densidade.
Além do mAs como fator de controle, à distância do tubo de raios X ao filme,à distância foco-filme (DFoFi), possui também efeito na densidade radiográfica de acordo com a lei do quadrado inverso ( LEI DE KEPLER ) . Por exemplo, uma distância duas vezes maior reduzirá a intensidade da fonte de raios X a um quarto, o que reduz quatro vezes a densidade radiográfica. À distância, dessa forma, tem uma influência importante na densidade, mas, como é usada uma distância padrão, o mAs torna-se uma variável usa­da tanto para aumentar como para reduzir a densidade radiográfica.

REGRA DA TROCA DE DENSIDADE
Uma regra geral prevalece quando se usam os ajustes técnicos manuais com chassis convencionais de filme/écran. Geralmente, a alteração mínima em mAs exigida para se corrigir uma radiografia pouco ex­posta é dobrar (se ficou muito "branca", é necessário repetir). Por exemplo-se uma mão que recebe 2,5 mAs ficou pouco exposta e precisar ser repetida , o mAs deve ser aumentado em pelo menos 5 mAs, e o kVp e outros fatores não devem ser alterados .
Entretanto, como foi descrito em uma das últimas seções deste capítulo, com a radiografia digital (RG) ou radiografia computadorizada (RC) que usa chassi de placa de imagem em vez de filme/écran, a manipulação da densidade e do contraste da imagem é possível após a sua obtenção sem a necessidade de tornar a expor o paciente à radiação.Resumo: A densidade adequada, controlada basicamente com o mAs, deve estar presente na imagem processada, para demonstrar de forma precisa os tecidos e órgãos a serem radiografados. Estando com pouca densidade (pouco exposta) ou com muita densidade (muito exposta), a imagem obtida não mostrará de maneira adequada os tecidos ou as estruturas.

2. Contraste
DEFINiÇÃO
O contraste radiológico é definido como a diferença de densidade nas áreas adjacentes da imagem radiográfica. Quanto maior essa diferença, maior será o contraste. Quanto menor a diferença entre a densidade nas áreas adjacentes, menor será o contraste. Isso é demonstrado pela escala graduada e pela radiografia de tórax , que mostra diferenças maiores nas densidades entre as áreas adjacentes, portanto, alto contraste.
O contraste pode ser também descrito como uma escala longa ou uma escala curta, referindo-se à faixa de todas as densidades ópticas, das partes mais claras até as mais escuras na radiografia.

OBJETIVO OU FUNÇÃO
O objetivo ou a função do contraste é tornar os detalhes anatômicos de uma radiografia mais visíveis. Por esse motivo, é importante ter um ótimo contraste radiográfico e saber que o contraste é essencial na avaliação da qualidade radiográfica.
Contrastes maiores ou menores não são necessariamente bons ou ruins por si sós. Por exemplo, baixo contraste com pouca diferença entre densidades adjacentes (contraste de longa escala) é mais desejável
em certos exames, como nas imagens de tórax, em que as muitas diferenças na gradação de cinza são necessárias para visualizar os tênues traçados pulmonares. Isso pode ser demonstrado pela comparação das duas radiografias de tórax . O baixo contraste (escala longa) de tórax mostra mais escalas de cinza, evidentes pelos tênues contornos das vértebras visíveis através do coração e das estruturas mediastinais. Essas escalas de cinza que delimitam as vértebras são menos visíveis através do coração e do mediastino na radiografia de tórax de alto contraste mostrada .O limite de kVp preferido e a escala de contraste resultante podem variar, dependendo da preferência do radiologista. Como o contraste é controla­do pela kVp conforme a descrição a seguir, o limite preferido para a kVp como indicado pelos protocolos e rotinas departamentais pode variar em relação àqueles listados nas páginas de posicionamento deste livro.

FATORES DE CONTROLE
O fator primário de controle para o contraste é a kVp. Ela controla a energia ou o poder de penetração da fonte primária de raios X. Quanto maior a kVp, maior será a energia e maior será a uniformidade dos feixes penetrantes de raios X nas várias densidades de massa de todos os tecidos. Assim, elevadas kVp produzem menos variação na atenuação (absorção diferencial), resultando em mais baixo contraste.

A quilovoltagem (kVp) é também um fator secundário de controle da densidade.
Altas kVp resultam tanto em mais raios X como em raios X de mais energia, proporcionando raios X de mais energia para alcançar o filme, com um aumento correspondente em toda a densidade. Como regra geral, um aumento de 15% na kVp aumenta a densidade da mesma forma que dobra o mAs. Assim, no limite inferior da kVp, como em 50 a 70 kVp, um aumento de 8 a 10 kVp dobrará a densidade (equivale a dobrar o mAs). Na faixa de 80 a 100 kVp, é preciso um aumento de 12 a 15 kVp para ter a densidade dobrada. A importância disso baseia-se na proteção contra a radiação, porque, com o aumento da kVp, o mAs pode ser significativamen­te reduzido, resultando em menos radiação para o paciente.
Resumindo: Uma regra geral estabelece que altas kVp e baixos mAs que proporcionam informações diagnósticas suficientes devem ser usados em cada exame radiográfico. Isso pode tanto reduzir a exposição do paciente como em geral resulta em radiografias com melhores informações diagnósticas.*

3. Detalhes
DEFINiÇÃO
Detalhe, às vezes referido como detalhe registrado, pode ser definido como a nitidez das estruturas na imagem. Essa definição dos detalhes das imagens é demonstrada pela clareza ou precisão de tênues estruturas lineares e bordas de tecidos ou estruturas visíveis nas imagens radiográficas.
A falta de detalhes visíveis é conhecida como borramento ou ausência de nitidez.
FATORES DE CONTROLE
Uma ótima imagem radiográfica mostra uma imagem com boa definição de detalhes, como já descrito para cada exame no texto
"Critérios Radiográficos". Os detalhes são controlados por fatores geométricos e movimento, como visto a seguir:
Fatores Geométricos Três fatores geométricos que controlam ou influenciam os detalhes são (1) tamanho do ponto focal, (2) DFoFi (distância foco-filme) e (3) DOF (distância objeto-filme).O uso de ponto focal menor resulta em menor borramento geométrico, fornecendo assim uma imagem mais precisa ou com melhores detalhes.
Além disso, um ponto focal pequeno, como selecionado no painel de controle, deve ser usado sempre que possível. A combinação de um ponto focal pequeno, um aumento na DFoFi e a diminuição na DOF resulta em menos imprecisão geométrica, o que aumentará os detalhes como descrito na seção de distorção que se segue, na próxima página.
Velocidade Filme/Écran A velocidade filme/écran afeta os detalhes por permitir períodos de exposição mais curtos para prevenir a movimentação, como descrito mais adiante neste capítulo, em proteção contra radiação.
Movimento O único grande impedimento para a precisão da imagem relacionado ao posicionamento é o movimento. Dois tipos de movimentos influenciam os detalhes radiográficos. São eles os movimentos voluntários e os movimentos involuntários.
O movimento voluntário, seja da respiração ou do movimento de partes do corpo durante a exposição, pode ser prevenido ou pelo menos minimizado pelo controle da respiração e pela imobilização. Blocos de apoio, sacos de areia ou outros dispositivos para imobilização podem ser usados com eficácia para reduzir a movimentação. Isso é mais efetivo para os exames dos membros superiores ou inferiores, como será demonstrado ao longo deste texto.
O movimento involuntário não pode ser controlado pela vontade do paciente. Por esse motivo, movimentos como os peristálticos dos órgãos abdominais são mais difíceis, se não impossíveis, de serem controlados completamente.
Se a imagem ficar borrada por causa dos movimentos, o técnico/radiologista deve identificar através da radiografia se o borramento ou imprecisão da imagem se deve a um movimento voluntário ou involuntário. Essa identificação é importante porque existem formas diferentes de controlar esses dois tipos de movimentos.

4. Distorção
DEFINiÇÃO O quarto e último fator determinante da qualidade de uma imagem é a distorção, que pode ser definida como a representação equivocada do tamanho do objeto ou da sua forma quando projetada no meio de registro radiográfico.
A ampliação é considerada um fator à parte porque é uma distorção de tamanho e pode ser incluída como uma distorção de forma, o que é indesejável.
Entretanto, nenhuma imagem radiográfica é a imagem fiel da parte do corpo radiografada. Isso é impossível porque sempre há alguma ampliação e/ou distorção, seja pela DOF, seja pela divergência do feixe de raios X. Portanto, a distorção deve ser minimizada e controlada.

DIVERGÊNCIA DO FEIXE DE RAIOS X
A divergência dos feixes de raios X é um conceito básico porém importante para se compreender o posicionamento radiográfico em um estudo. Isso ocorre porque os raios X se originam em uma fonte estreita no tubo de raios X e divergem ou se espalham no filme .
O tamanho da fonte de raios X é limitado pelo ajuste dos colimadores, que absorvem os raios X em quatro cantos, controlando dessa forma o tamanho do campo de colimação.
Quanto maior o campo de colimação e menor à distância foco-filme, maior será o ângulo de divergência nas margens externas, o que aumenta o potencial de distorção.
Em geral, apenas o ponto central da fonte emissora de raios X, o raio central (RC), não apresenta divergência e penetra na parte do corpo, atingindo o filme em um ângulo de 90 graus, ou perpendicular
ao plano do filme. Isso acarreta a menor distorção possível nesse ponto. Todos os outros aspectos do feixe de raios X que atingem o filme em algum outro ângulo que não o de 90 graus aumentam o ângulo de divergência nas porções mais externas ao feixe de raios X.

FATORES DE CONTROLE
Quatro fatores primários de controle da distorção são (1) DFoFi (distância foco-filme), (2) DOF (distância objeto-filme), (3) alinhamento do objeto com o filme e (4) alinhamento/centralização do RC (raio central).DFoFi: Note que, quanto maior a DFoFi, menor será a ampliação. Essa é a primeira razão pela qual as radiografias de tórax são feitas com um mínimo de 72 polegadas (180 cm), em vez do mínimo mais comum, que são 40 polegadas (100 cm). Uma DFoFi de 72 polegadas (180 cm) resulta em menor ampliação do coração e de outras estruturas torácicas.
DFoFi mínima de 40 polegadas (100 em): Por muitos anos, usou­-se a DFoFi de 40 polegadas (100 cm) como padrão para a maioria dos exames radiográficos. Entretanto, com o interesse de diminuir a exposição do paciente e aumentar os detalhes registrados, aumentar a DFoFi para 44 ou mesmo 48 polegadas (110 ou 120 cm) está se tornando uma prática cada vez mais comum. Estudos mostraram, por exemplo, que aumentar a DFoFi de 44 polegadas (100 cm) para 48 polegadas (120 cm) reduz a dose de radiação em 12,5%.*
Também pelo princípio da divergência da fonte de raios X descrito antes, esse aumento da DFoFi possui o benefício adicional de diminuir a ampliação e a distorção, reduzindo assim o borramento geométrico, fato que aumenta o detalhe ou definição registra dos no filme.

Distância objeto-filme: Quanto mais próximo o objeto a ser radiografado estiver do filme, menores serão a ampliação ou distorção e melhores serão o detalhamento e a definição. Essa é uma das vantagens na obtenção de radiografias dos membros superiores e inferiores sobre a mesa em vez do Bucky. O chassi é coloca­do sob o paciente, na mesa, em vez da bandeja Bucky. Essa bandeja, nas mesas móveis, é posicionada de 8 a 10 cm abaixo da superfície da mesa, o que aumenta a DOF. Isso não só aumenta a ampliação e a distorção da imagem como também diminui a precisão da imagem.



Tamanho do ponto focal e imprecisão : Com o propósito de descrever o princípio da divergência da fonte de raios X e os fatores de controle da distorção, um ponto de origem é usado na figura como fonte de raios X no próprio tubo emissor. Na verdade, a fonte de raios X é emitida a partir de uma região do anodo conhecida como ponto focal.
A seleção de um ponto focal pequeno em um tubo de raios X de duplo foco resultará em menos borramento ou imprecisão da imagem por causa do efeito de penumbra da imprecisão geométrica. A penumbra refere-se ao "borramento" ou aos limites imprecisos da imagem projetada.
A seleção de um pequeno ponto focal em um tubo de raios X de duplo foco é uma variável controlada pelo técnico. Entretanto, mesmo com o menor ponto focal possível, ainda assim haverá alguma penumbra.

Alinhamento do objeto com o filme: O terceiro fator importante de controle da distorção está relacionado ao alinhamento do objeto com o RC Isso se refere ao alinhamento ou plano do objeto a ser radio­grafado em relação ao plano do filme. Se o plano do objeto não es­tiver paralelo ao do filme, ocorre distorção. Quanto maior o ângulo de inclinação do objeto, maior será a distorção da imagem.
O efeito do alinhamento inadequado do objeto é mais evidente nas articulações e estruturas ósseas terminais. Isso é mais bem observa­do nas articulações dos membros superiores e inferiores. Por exemplo,
se um dedo a ser radiografado não estiver paralelo ao filme, os espaços articulares entre as falanges não será visualizado como abertos devido à sobreposição das terminações ósseas .

Efeito do alinhamento inadequado do objeto com o RC: Os dedos alinhados e apoiados de forma paralela ao filme, resultando na abertura das articulações interfalangianas.
Os dedos não estando paralelos ao RC, as articulações interfalangianas não ficam abertas, e possíveis fraturas nessas regiões articulares (onde fraturas geralmente ocorrem) podem passar despercebidas no filme.
Esses exemplos demonstram o quão importante é o efeito do posicionamento.
O alinhamento adequado do objeto é fundamental, e o plano da parte do corpo que está sendo radiografado deve estar o mais paralelo possível ao filme. Isso resulta em menos distorção e espaços articulares mais abertos.

Alinhamento do raio central (RC): Outro importante princípio no posicionamento e o quarto fator de distorção é o correto alinha­mento do RC Como já foi exposto, em geral apenas o centro do feixe de raios X, o RC, não apresenta divergência quando projetado a 90° ou perpendicular ao filme. Dessa forma, ocorre mínima distorção quando o RC atravessa um espaço articular nesse ponto livre de superposição. A distorção aumenta quando o ângulo de divergência do centro do feixe de raios X aumenta na periferia. Por essa razão, a centralização correta ou o alinhamento e posicionamento corretos do RC são importantes para minimizar a distorção das imagens.
Ângulo do RC: Em muitos casos, o RC é posicionado perpendicularmente, ou a 90°, ao plano do filme. Para algumas partes do corpo, entretanto, é necessário que o RC seja posicionado em um ângulo específico; isso se destaca na descrição de posicionamento como ângulo do RC, indicando um ângulo menor que 90°.














SUMÁRIO DA QUALIDADE DE IMAGEM E CONTROLE
DOS FATORES PRIMÁRIOS
FATOR DA QUALIDADE
CONTROLE DOS FATORES PRIMÁRIOS
1. Densidade
mAs (mA e tempo)
2. Contraste
KVp
3. Detalhes
Fatores geométricos
Tamanho do ponto focal
DfoFi
. DOF
Velocidade filme/ écran
4. Distorção
Movimentos (voluntários e involuntários)
DfoFi
. DOF
Alinhamento do objeto ao receptor de imagem
Alinhamento do RC


SEQÜÊNCIA E ROTINAS DE POSICIONAMENTO
Etapa 1. Posicionamento Geral do Paciente
Para um exame realizado na mesa de raios X, o processo de posicionamento começa por acomodar o paciente na mesa e coloca-lo em uma das seguintes posições: decúbito dorsal, decúbito ventral, lateral ou oblíqua .
O chassi de tamanho correto deve ser posicionado na bandeja Bucky, em sentido longitudinal ou transversal, ou sob a parte a ser radiografada para exames na mesa.
Observação: O tubo de raios X deve ser verificado para se certificar de que o raio central (RC) da luz do colimador esteja posicionado na linha central da mesa quando a mesa estiver na posição central de "marcação". (Isso deve ser feito antes de o paciente ser posicionado na mesa de raios X.)
Isso assegura que o RC e o feixe de raios X estejam alinhados corretamente com a parte a ser radiografada quando o chassi estiver na bandeja Bucky.
Etapa 2. Medida da Espessura da Parte
A parte do corpo a ser radiografada é então medida, e os fatores de exposição (técnica) corretos são ajustados no painel de controle . A mensuração da parte não é necessária se for usado o CAE (controle automático de exposição).
Etapa 3. Posicionamento da Parte
Para a maioria das incidências, a parte específica do corpo a ser examinada é a primeira a ser posicionada em relação ao raio central (RC). Isso significa que, para essas incidências, o RC é o primeiro fator, ou o fator primário no processo de posicionamento. O paciente é virado e movido conforme a necessidade para centralizar o centro da parte do corpo com o Rc.
Etapa 4. Centralização do Filme (IR)
Após a parte ter sido centralizada em relação ao RC, o filme também deve sê-Io. O filme pode ser o tradicional chassi de filme-écran ou uma lâmina como nos sistemas radiográficos computadorizados. Para os procedimentos na mesa Bucky, essa centralização é feita movendo-se o filme na bandeja Bucky longitudinalmente, a fim de alinha-lo com a luz projetada do RC .
(RC) Esse ícone é incluído em todas as páginas de posicionamento neste livro para as incidências em que o RC é de importância primária, lembrando o técnico/radiologista para prestar atenção especial ao RC
durante o processo de posicionamento.
A centralização precisa do RC é especialmente importante para os membros superiores e inferiores, nos quais as articulações são áreas de interesse primário, e o RC tem de ser direcionado precisamente para a região media­na da articulação. Isso também é importante quando se usam os CAE (controles automáticos de exposição) e para receptores digitais, em que a centralização correta do RC é essencial para imagens adequadamente expostas. Colimação As bordas da luz do colimador são então ajustadas ou fecha­das, de forma a incluírem somente a anatomia essencial.
Marcadores Os marcadores D ou E são corretamente posicionados de modo a ficarem no campo de exposição mas sem cobrirem a anatomia essencial
Etapa Final de Exposição Deve ser feita uma última verificação quanto ao posicionamento de um escudo gonadal antes de fazer a exposição com instruções quanto à respiração, conforme a necessidade .
­Duas regras gerais, ou princípios, são úteis para se relembrar e compreender as razões pelas quais certas incidências mínimas são rotineiras, ou básicas, para vários exames radiográficos.

NO MíNIMO DUAS INCIDÊNCIAS (90º ENTRE SI)
A primeira regra geral no diagnóstico radiológico sugere que um míni­mo de duas incidências obtidas a 90° entre si seja possível e necessário para a maioria dos procedimentos radiográficos. Exceções incluem uma AP móvel de tórax (portátil), uma única AP de abdome (chamada de RUB - Rim, Ureter e Bexiga), ou uma AP de pelve em que apenas uma incidência fornece ampla informação inicial.
Existem três razões para essa regra geral, que são as seguintes:
Problema de Estruturas Anatômicas Sobrepostas Certas condições patológicas (como algumas fraturas ou pequenos tumores) podem não ser visualizadas em apenas uma incidência.
Identificação de Lesões ou Corpos Estranhos Um mínimo de duas incidências, obtidas a 90° entre si ou a ângulos mais próximos possíveis do reto, é fundamental para se determinar à localização de qualquer lesão ou corpo estranho .
Exemplo: Corpos estranhos (as densidades brancas são fragmentos metálicos) implantados nos tecidos da mão. Note que tanto a incidência PA como a lateral (perfil) são necessárias para determinar a localização exata desses fragmentos metálicos em duas dimensões.

Determinação do Alinhamento de Fraturas
Todas as fraturas requerem a realização de pelo menos duas incidências, obtidas a 90° entre si ou a ângulos mais próximos possíveis do reto, tanto para visualizar inteiramente o local da fratura como para determinar o alinhamento das partes fraturadas .

NO MíNIMO TRÊS INCIDÊNCIAS QUANDO EXISTEM ARTICULAÇÕES NA ÁREA DE INTERESSE
A segunda regra ou princípio geral sugere que todos os procedimentos radiográficos do sistema esquelético que envolve as articulações requerem pelo menos três incidências em vez de apenas duas. Essas são AP ou PA, lateral e oblíqua.
A razão para essa regra é que mais informações são necessárias do que aquelas fornecidas em apenas duas incidências. Por exemplo, como existem múltiplas superfícies e ângulos dos ossos compondo a articulação. Uma pequena fratura cominutiva oblíqua ou outra alteração dentro do espaço articular pode não ser visualizada nas incidências frontal ou lateral, mas pode ser bem evidenciada na posição oblíqua.

Exemplos de exames que geralmente exigem três incidências de rotina ou básicas (as articulações estão na área de principal interece):
Dedos das mãos . Mão . Cotovelo . Pé
. Dedos dos pés . Punho . Calcanhar . Joelho

Exemplos de exames que exigem duas incidências de rotina ou básicas:
Antebraço. Quadris.
Após redução dos membros superi­ores e inferiores (apenas duas incidências para fins de alinhamento mesmo que a articulação seja a principal área de interesse) Fêmur, Tórax. Úmero . Tíbia e fíbula

Marcos Topográficos
o posicionamento radiográfico requer a localização de estruturas específicas ou órgãos dentro do organismo, muitos dos quais não são visíveis ao olho humano pelo exterior. Dessa forma, alguns marcos de referência são os ossos do esqueleto, como mostrado nas figuras, o que permite a localização de estruturas internas e órgãos pela leve palpação.
Palpação: A palpação refere-se à aplicação de pressão leve com os dedos diretamente no paciente para localizar esses marcos de referência. Isso tem de ser feito delicadamente porque a área a ser palpada pode ser dolorosa ou mais sensível ao paciente. Além disso, o paciente deve sempre ser informado sobre o propósito da palpação antes de iniciado o processo.

LOCALIZAÇÃO DOS MARCOS ÓSSEOS DE REFERÊNCIA
Nos verdadeiros pacientes, a maioria desses marcos referenciais não é visível sob as roupas ou aventais hospitalares, e a palpação é necessária para localizar esses marcos de referência para um posicionamento preciso.
Observação: A palpação de certos marcos de referência, como a tuberosidade isquiática (10) e/ou a sínfise púbica (9), pode ser embaraço­sa para o paciente, e o técnico/radiologista deve usar outros marcos de referência relacionados, como será descrito em capítulos Posteriores.

MARCO DE REFERENCIA USADO PARA POSICIONAMENTO DAS SEGUINTES PARTES DO CORPO
NIVEL CORRESPONDENTE NA COLUNA VERTEBRAL

1. Proeminência vertebral (processo espinhoso longo de C7) Margem superior do tórax, coluna T ou C C7-T1
2. Incisura jugular (margem superior do esterno) Tórax, esterno, clavícula e coluna T T2-3
3. Ângulo esternal (área proeminente da junção do manúbrio com o corpo do esterno) Tórax, esterno, estômago,T4-5 T9-10 vesícula biliar, coluna T, borda superior do abdome
4. Processo xifóide (porção distal do esterno)
5. Borda costa I inferior (borda ínfero-Iateral do sulco costaI) Estômago, vesícula biliar e costeL2-3
6. Crista ilíaca (área marginal superior da borda curvada do osso ilíaco da pelve) Região abdominal Média, estômago, Interespaço de L4-5 vesícula biliar, cólon, coluna lombar e sacro
7. Espinha ilíaca ântero-superior (ElAS) (proeminência anterior da borda da asa do ilíaco) Quadril, pelve e sacro 51-2
8. Trocanter maior (processo ósseo do fêmur proximal; para localizá-lo, é necessária urna palpação firme durante a rotação do fêmur e da perna)Abdome, pelve e quadril Cóccix distal ou ligeiramente mais abaixo
9. Sínfise púbica Gunção anterior dos ossos púbicos da pelve) Margem inferior do abdome, pelve, quadril, sacro e cóccix 2,5 em abaixo do cóccix distal
10. Tuberosidade isquiática (inferior, processo ósseo localizado posteriormente na pelve)
Abdome inferior, cólon e cóccix 2,5 a 5 em abaixo do cóccix distal

IMAGEM; DIGITAL
A imagem convencional do filme-écran e o processamento químico certamente se tornarão amplamente obsoletos diante das diversas formas de evolução das imagens digitais. Entretanto, isso não mudará a necessidade de se aprender e de se compreender a anatomia radiológica e o posicionamento, como já descrito neste livro. Os técnicos/radiologistas devem se manter atualizados quanto aos novos sistemas de
imagem e à forma com que as imagens são obtidas, processadas, manipuladas, transportadas e armazenadas. Esta parte do Capitulo introduz e descreve as diversas formas de sistemas digitais de imagem e como estão sendo usadas hoje.
A tecnologia da imagem digital se desenvolve tão rapidamente que ainda não foi totalmente normatizada uma terminologia ou nomenclatura padrão para os diversos tipos de imagens digitais. Entretanto, certos termos descrevem os diversos tipos de imagens digitais e sistemas de processamento envolvidos e estão se tornando aceitos, como a seguir:
PACS (Picfure Archiving and Communication Systems Sistemas de Arquivamento e Comunicação de Imagens)
A mudança do sistema de aquisição e armazenamento de filmes pelos departamentos de imagem para o arquivamento e a aquisição digitais tem sido orientada pelos avanços na indústria da computação e na tecnologia de rede.



Isso significa que, em vez de ter cópias radiográficas pesadas para pro­cessar, manipular, ver e armazenar, as imagens são cópias digitais leves pro­cessadas em um computador, vistas em um monitor e armazenadas eletronicamente.
Uma rede de computadores chamada PACS foi criada para gerenciar esse tipo de imagem digital. O significado de PACS é o seguinte:
P - Picture: a(s) imagem(ns) clínica(s) digital(is)
A - Archiving: o armazenamento (arquivamento) "eletrônico" das imagens
C - Communication: o roteamento (recebimento/envio) e a exibição das imagens
S - System: a rede computadorizada especializada que gerencia todo o sistema
O PACS é uma sofisticada combinação de hardware e de software que conecta todas
as modalidades que produzem imagens digitais (medicina nuclear, ultra-sonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética nuclear, angiografia, mamografia e radiografia).

Fluoroscopia Digital (FD)
Outro recente desenvolvimento de uma aplicação diferente de imagens digital em radiologia é a chamada fluoroscopia digital, surgida quase na mesma época que a tomografia computadorizada, entre as décadas de 1970 e 1980. Ela envolve uma imagem radiográfica sendo projeta­da por um tubo de raios X (geralmente sob a mesa) sobre o lado receptor com um intensificador de imagem . A imagem visível (analógica) da saída do intensificador de imagem é então registrada por uma câmera de vídeo de alta resolução e convertida em formato digital .
As imagens da fluoroscopia digital são exibidas em um monitor durante e após o procedimento. Essas imagens podem ser ajustadas e manipuladas conforme a vontade e podem também ser vistas de outros locais, durante e após o exame. Elas podem ser impressas em um filme com uma impressora a laser ou arquivadas digitalmente.
Com esse sistema, o detector digital retira o intensificador de imagem, a câmera de vídeo e o sistema de conversão digital, convertendo a imagem visível (analógica) em formato digital .
Esse novo sistema de detectar direto de conversão digital deve melhorar a qualidade da imagem por reduzir o ruído e a distorção presentes ao longo das etapas de conversão do sistema de FD original.

Radiografia Computadorizada (RC) - lâminas de Imagem
Aproximadamente no mesmo período em que surgiram a TC e a FD, durante as décadas de 1970 e 1980, um terceiro método de imagem digital foi desenvolvido, comumente chamado de Radiografia Computadorizada (RC).
Os componentes principais das imagens da RC são as lâminas de imagem (LI), o Leitor de LI ou processador e a estação de trabalho (workstation).
Lâminas de imagem: Como pode ser visto o sistema de RC utiliza os tradicionais tubos de raios X e a mesa, porém um chassi para lâmina de imagem substitui o chassi filme-écran na bandeja Bucky. Essa lâmina de imagem (LI) registra uma imagem invisível (latente) de forma semelhante a uma imagem latente que é formada no filme quando a lâmina é atingida pelos raios X que atravessam o paciente.
A LI, entretanto, pode ser usada repetidamente, não necessitando ser "revelada", e pode mesmo ser aberta rapidamente sob a luz sem que haja perda da imagem latente, porque não possui um filme sensível à luz ou telas intensificadoras.
As informações sobre o paciente podem ser inseridas eletronicamente na RC usando um leitor de código de barras ou por entrada manual via teclado no leitor/estação de trabalho; portanto, não existe o espaço usual para a colocação do nome como encontrado nos chassis convencionais.

Leitor de lâmina de imagem: Após a realização da exposição na LI, ela está pronta para ser colocada dentro de um espaço receptor no leitor de imagem. Dentro do leitor, a LI é automaticamente removida do chassi e a imagem registrada é lida linha a linha por um scanner a laser. Com a leitura a laser da imagem, os fósforos da LI liberam elétrons que emitem luz igual à sua energia armazenada. Isso se converte em um formato digital por manipulação, realce, observação e impressão, se desejado.



A LI é então apagada dentro do leitor, recarregada dentro do chassi e ejetada pronta para um próximo exame. O processo inteiro leva cerca de 20 segundos.
Estação de trabalho computadorizada: A estação de trabalho incluído leitor de código de barras (opcional), um monitor para a exibição da imagem e um teclado com um mouse ou trackball para selecionar o contraste desejado, o brilho e os limites de realce conforme desejado.
As imagens são então arquivadas (armazenadas digitalmente) ou impressas por uma impressora laser sobre um único filme de emulsão que é sensível à luz do laser.
Transmissão de imagem (teleradiologia): Após os ajustes na imagem de forma satisfatória, a imagem pode ser transmitida para outros monitores de alta resolução para análise e interpretação de clínicos ou de
radiologistas. As imagens também podem ser transmitidas via telefone ou via satélite para locais remotos onde podem ser vista ou impressas em filme.

Determinando os Fatores de Exposição com os Sistemas de RC
As técnicas de exposição com RC são semelhantes às técnicas convencionais usadas com filme-écran, mas o computador na estação de controle da RC proporciona uma compensação de exposição como necessário no uso predeterminado de algoritmos de processamento. Isso ocorre assim que a imagem é lida pelo leitor de imagem. Os fabricantes usam termos e softwares diferentes para os sistemas de controle de processamento de imagem, porém cada um deles permite a compensação do brilho exposto (densidade) e
correções de contraste, conforme desejado. Eles também permitem ajustes no tamanho da imagem e zoom, ou realce dos contornos.A principal vantagem da RC quando comparada com os sistemas de raios X por filme-écran é a compensação de exposição, que permite a correção para aproximadamente 500% de superexposição e 80% de subexposição quando o controle automático de exposição não é usado e as técnicas de exposição são configuradas manualmente.* A grande vantagem dos sistemas de RC é reduzir muito ou eliminar repetições causadas por erros de exposição. Isso é especialmente importante para exames móveis (portáteis) e para exames de vítimas de traumatismo ou pacientes em maca.
Entretanto, os fatores padrões de exposição com valores adequados de kVp devem continuar a ser usados na RC porque uma superexposição intencional resulta em aumento da exposição do paciente, e uma excessiva subexposição resulta em aumento no ruído da imagem e em perda da qualidade de imagem.
Advertência: Quando os sistemas de controle automático de exposição não são usados, o perigo de superexposição intencional, sabendo que o sistema de compensação fará o equilíbrio em mais de 500%, é uma real preocupação com o sistema de CR e deve ser rigidamente monitorado e controlado.
Considerações de Posicionamento para a RC ­Lâminas de Imagem
A centralização correta é especialmente importante para a RC porque a maior parte dos sistemas de compensação de exposição incluem uma técnica de centralização da amostra. Assim, se a parte do corpo não estiver corretamente posicionada, o sistema pode compensar a exposição baseado na leitura da densidade no local do sistema onde seria o centro verdadeiro (semelhante às necessidades do controle automático de exposição).A colimação restrita e precisa do feixe de raios X para a anatomia desejada é também importante na RC porque o leitor da LI está programado para concentrar os perímetros dentro das bordas totais de colinação. Portanto, se as bordas do colimador estiverem muito largas, Por exemplo, o leitor da LI ira estimar que as áreas escuras periféricas estão dentro do campo de colimação, fazendo com que toda a exposição fique excessivamente escura. Desse modo, uma colimação precisa e restrita ás bordas anatômicas é necessita para uma ótima qualidade de imagem, de forma que informações desnecessárias não serão estimuladas durante o processo de compensação de imagem.
Escudos de chumbo sobre chassis de lâminas de imagem para múltiplas imagens são necessários na Rc, mesmo se o colimador for usado cuidadosamente. A razão para isso é a hipersensibilidade dos sensores de fósforo da lâmina de imagem. Assim, mesmo pequenas quantidades de irradiação dispersa das partes do corpo adjacentes podem alcançar as partes não-cobertas pelo chassi, ainda que uma boa colimação do feixe de raios X seja usada. As grades também são especialmente importantes no RC devido à hipersensibilidade do fósforo da LI à radiação dispersada.





Radiografia Digital Direta (RD)
Um recente desenvolvimento nas imagens digitais envolve um método direto de conversão em que um detector tanto captura como converte a imagem em formato digital. Esse detector digital, por vezes denominado receptor de painel plano, substitui o chassi da lâmina de imagem e o leitor de imagem usados na RC ou o chassi de filme-écran e o processamento químico como ocorre na radiografia convencional.
O controle de exposição automática (CEA) permite uma exposição precisa do paciente, da mesma forma que outros sistemas de CEA. O operador pode, entretanto, fazer alguns ajustes pós-exposição para uma exposição menos ótima, reduzindo a necessidade de algumas re­petições causadas por erros de exposição.
A visibilidade instantânea da imagem também permite ao técnico/radiologista avaliar os erros de posição e repetir o procedimento se necessário. Com esse sistema, não ocorre manuseamento do chassi, economizando substancialmente o tempo gasto pelo técnico/radiologista. Esse sistema de imagem direto-ao-digital é semelhante ao novo sistema de fluoroscopia digital (FD) .
Sistema de imagem de tórax por RD: Esse tipo de sistema de imagem foi usado no início da década de 1990 para as imagens de tórax, em que muitos pacientes puderam ser radiografados eficiente­mente sem o manuseio ou o processamento de quaisquer filmes ou chassis. Esse sistema de RD de tórax está se tornando cada vez mais comum em muitos departamentos onde a demanda de pacientes é muito grande. Esse sistema também se conecta ao PACS.O detector de tamanhos para unidades de tórax varia, dependendo do fabricante,de 41 x41 cm(16x 16polegadas)a43x49cm (17 x 19 polegadas).
Mesa Buckydigital: Um desenvolvimento mais recente em imagem digital direta é o sistema da mesa Bucky digital. Este troca o chassi da mesa Bucky por um detectar digital de placa plana do tipo Bucky. Esse detector funciona de forma semelhante à unidade de RD de tórax já descrita. O tamanho determinado pelo fabricante é de 43 x 43 cm (17 x 17 polegadas). A grade pode ser removida para pequenas partes do corpo
Mamografia digital: A mamografia digital está ainda em estágio de desenvolvimento; alguns sistemas de mamografia usam o sistema delâmina de imagem da RC, como descrito anteriormente. Um novo sistema de mamografia digital que se mostra promissor é o sistema de RD, que usa o método detector de conversão digital direta .
A vantagem desse sistema é uma imagem de alta qualidade dentro e uma ampla faixa de intensidades de raios X, com reduções na dose de radiação do paciente.* Isso é especialmente importante para a mamografia.
A capacidade pós-processamento proporciona a oportunidade de manipulação da imagem para aumentar a visibilidade de finas microcalcificações e outros detalhes sem a necessidade de expor o pa­ciente à repetição da exposição.

Considerações de Posicionamento para RD
As considerações de posicionamento especialmente importantes para esse sistema de RD detector de captura digital direta são semelhantes às feitas para a RC As três considerações são as seguintes:
*- Centralização precisa do raio central
*- Colimação restrita
*- Uso correto das grades












PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO
Como profissionais responsáveis por suas ações, os técnicos/radiologistas têm grande responsabilidade em proteger os pacientes, a si próprios e os companheiros de trabalho da radiação excessiva. Porque é de responsabilidade de todo técnico/radiologista sempre assegurar que a dose de radiação tanto para o paciente como para o técnico/radiologista deve ser mantida o mais baixo possível.

Unidades de Radiação
UNIDADES DE EXPOSICÃO À RADIAÇÃO - ROENTGEN (R)
Roentgen é uma medida da exposição do ar à radiação, medida pelo grau de ionização em uma dada unidade de ar.

UNIDADES DE DOSE DE RADIAÇÃO - RAD E REM
Rad e rem são unidades de dose (ionização dentro do tecido, também descrita como energia absorvida pelo tecido). No diagnóstico radiológico usando a energia dos raios X, as três unidades podem ser consideradas equivalentes (1 R = 1 rad = 1 rem). Os rads são usados basicamente para doses do paciente, e remsão usados para propósitos de proteção à radiação, como as doses relatadas pelo trabalhador em seu dosímetro.

Proteção do Técnico/Radiologista
Em janeiro de 1994, a Nuclear Regulatory Commission (NRC, Comissão Reguladora Nuclear) mudou alguns padrões referentes às doses máximas permitidas. O termo correto a ser usado agora para as doses permitidas é recomendações dose-limite.
Limite de dose anual: A recomendação dose-limite para a exposição ocupacional de trabalhadores é 5rem (50 mSv) da dose efetiva (DE) corporal total por ano. Esses 5 rem ou 50 mSv também são re­feridos algumas vezes como dose limite efetiva anual para a exposição ocupacional de todo o corpo.
A DE para o público em geral é de 0,1 rem (1 mSv) ao ano para exposição freqüente ou contínua e de 0,5 rem (5 mSv) ao ano para exposições infreqüentes.*
Limite de dose cumulativa: O limite da DE cumulativo para toda a vida para um trabalhador em exposição ocupacional é de 1 rem (10 mSv) vezes os anos de idade. Por exemplo, um técnico/radiologista de 50 anos de idade possui uma dose cumulativa permitida de 50 rem (500 mSv). Entretanto, devido ao pequeno risco de efeitos de longo prazo da baixa radiação, os técnicos/radiologistas devem limitar sua exposição à mínima quantidade possível ou até mesmo menos do que os 5 rem (50 m5v) permitidos ao ano.
A exposição deve ser monitorada por cada trabalhador ocupacionalmente exposto. Se for exposta a 0,1 rem (1 mSv) ou mais por ano, a área deve ser supervisionada por um funcionário do governo qualificado em proteção de radiação.
Menores: Indivíduos com menos que 18 anos de idade não de­vem ser empregados em situações em que podem ser ocupacionalmente expostos. O limite da DE para menores é o mesmo que para o público em geral, 0,1 rem (1 mSv) ao ano.
Técnicas/radiologistas grávidas: As gestantes submetidas à exposição ocupacional devem tomar todas as precauções possíveis para manter a exposição do embrião ou feto a mais baixa possível. A dose máxima equivalente para o feto é 0,05 rem (0,5 mSv) durante
1 mês qualquer e 0,5 rem (5 mSv) em todo o período gestacional.
As técnicas/radiologistas grávidas devem ainda usar um segundo dosímetro ou outro dispositivo de monitorização na região do abdome sob o avental de chumbo. Esses dispositivos de monitoração devem ser claramente marcados para distinguir aquele usado sob o avental no abdome daquele usado no colarinho.
Monitorizarão do pessoa/: Dosímetros ou distintivos de DTL (densitometria de termoluminiscência) devem sempre ser usados pelo pessoal que potencialmente recebe mais de um quarto da dose máxima permitida.





Princípios ALARA
Um princípio de proteção chamado ALARA vai mais além na proteção do trabalhador que o nível da DE. Esse princípio postula que a exposição ocupacional deve ser mantida "8s low 8s Reasonably 8chievable" (no nível mais baixo que puder ser conseguido). Esse é um princípio importante a que todo técnico/radiologista deve estar atento. Eis um resumo de quatro formas importantes pelas quais isso pode ser alcançado:
1. Sempre usar o dosímetro ou outro dispositivo de monitoração. Apesar de o distintivo não diminuir a exposição do trabalhador, os registros precisos no longo prazo são importantes para a determinação de práticas de proteção.
2. Dispositivos de imobilização ou bandas de retenção devem ser usados sempre que possível, e apenas como último recurso alguém deve permanecer na sala para conter o paciente - nunca deve ser o pessoal da radiologia. Se a contenção dos pacientes for necessária, ela deve ser feita por uma outra pessoa que não seja um profissional ocupacionalmente exposto. Essa pessoa nunca deve permanecer no feixe primário e sempre deve usar um avental e luvas de proteção.
3. A prática do uso de colimador restrito, filtração do feixe primário, técnicas de kVp ideais, telas e filmes de alta velocidade e exames pouco repetidos. A exposição do técnico/radiologista é devida basicamente à radiação dispersada do paciente e de outras fontes. Além disso, a redução da exposição do paciente resulta conseqüentemente na redução da exposição do técnico/radiologista.
4. Siga as três regras cardinais de proteção contra a radiação, o tempo, à distância e o princípio da proteção. O técnico/radiologista deve minimizar o tempo de exposição, permanecer o mais distante possível da fonte e usar um escudo de chumbo quando exposto.
Isso é importante em trauma e em radiografias móveis, especialmente com as unidades de fluoroscopia digital em braço C móvel . Essas são usadas em cirurgias ortopédicas ou do trato biliar, localização de corpos estranhos, inserção de marca-passo e procedimentos vasculares intervencionistas. A proteção contra a dispersão é importante para as unidades fluoroscópicas móveis como o braço em C por aumentar a dose potencial no paciente e no técnico/radiologista .


Doses para o Paciente
PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS GERAIS
Exposição de Entrada da Pele (EEP) Para um exame particular de raios X, é possível referir-se a diversas "doses" diferentes ao paciente. O número mais freqüentemente citado é a exposição da pele na região onde a radiação atinge primeiramente o corpo, comumente chamada de exposição de entrada da pele, EEP. Essa exposição é aproximada­mente a dose da pele. A dose da pele possui um alto valor numérico para todas as doses, mas na radiologia ela tem menos significado biológico. Conforme a radiação passa através do corpo em direção ao filme, a intensidade cai várias centenas de vezes. A dose média de órgãos específicos é útil para estimar aprobabilidade com que esses órgãos desenvolverão câncer por causa da radiação.

Dose Efetiva A dose efetiva (DE, por vezes referida como apenas E) leva em conta a dose de todos os órgãos e seu risco relativo ou fatores facilitadores de se tornarem cancerosos (ou, no caso das gônadas, o risco de lesão genética). A dose efetiva é a quantidade que pode ser usada para comparar a média de radiação de todo o corpo de um procedi­mento diagnóstico com a radiação recebida do ambiente natural.
O diagrama de dose do paciente, na próxima página, mostra a exposição de entrada da pele (EEP), doses específicas de órgãos e a dose efetiva (DE) para um paciente de tamanho padrão como exemplo de incidências radiográficas comuns.
O diagrama demonstra os efeitos do uso de diferentes kVp e compara as doses das incidências AP V5. PA. O diagrama também mostra o efeito da proteção gonadal e o valor total da DE para homens e mulheres.



O diagrama também mostra que para os homens as altas DE para es­sas incidências é *1 O, a quadril AP não-protegida (DE = 84 mrem).lssose deve basicamente às altas doses testiculares, o que pode ser significatvamente reduzido com a proteção gonadal (a DE é reduzida para 14).
Para as mulheres, a maior DE é *4, a AP de coluna torácica em um filme de 35 x 43 cm sem proteção para as mamas (DE = 63). Isso se deve basicamente à alta dose mamária, que pode ser reduzida com uma proteção nas mamas ou com uma colimação de 18 x 43 cm de tamanho (DE reduzida para 35).


PADRÕES DE EXPOSiÇÃO E PROTEÇÃO DO PROFISSIONAL
Durante a fluoroscopia de rotina do trato gastrointestinal (GI), a equipe é exposta à radiação espalhada pelo paciente e por outros objetos que estão sendo irradiados. A exposição à radiação dispersa cai drasticamente quando o profissional se afasta do paciente e da mesa.
A torre intensificadora, os aventais de chumbo da torre, a proteção da fenda Bucky, a mesa de raios X, o suporte para os pés do paciente (se houver) e mesmo o radiologista fornecem ao técnico/radiologista alguma forma de proteção.
A importante proteção da fenda Bucky fecha em 5 e 7,5 cm o espaço abaixo do tampo da mesa quando o Bucky está em toda a extensão e vai até o fim da mesa.
Perceba que a área "F' atrás do radiologista e longe do paciente e da mesa tem a menor taxa de exposição, de menos de 25 mR por hora..
Quando a torre intensificadora está abaixada o mais próximo possível do paciente, muito da dispersão para os olhos do técnico e a região do pescoço é eliminado. As dimensões lateral e vertical do campo de exposição movem­-se com dificuldade conforme a distância entre o paciente e a torre intensificadora é reduzida.
Mesmo com as corretas práticas de proteção e a torre intensificadora bem próxima do paciente, alguma quantidade de radiação dispersa ocorre durante a rotina fluoroscópica .
A dispersão é maior na região imediatamente próxima ao paciente em cada lado do radiologista, que tem a torre chumbada de proteção entre ele e o paciente.
Por esse motivo, o técnico e/ou radiologista e outros funcionários na sala podem reduzir a sua exposição apenas não ficando próximo à mesa ou mesmo próximo ao radiologista, mas ficando o mais distantes possível dos campos de dispersão da radiação.
Todos os que estiverem envolvidos em um procedimento fluoroscópico devem usar aventais de chumbo como medida de proteção. Um avental de chumbo equivamente a 0,5 mm reduzirá muito a radiação dispersa em quase todo o corpo cerca de 10 vezes ou mais. Isso é geralmente suficiente para reduzir os riscos a um nível razoável, bem abaixo dos limites máximos permitidos. As doses comuns com o uso do avental são menores que 1O mrem ao mês (imensurável pelos dosímetros)em departamentos que o usam pouco (não exclusivamente fluoroscopia) e quase nunca acima de 20 mrem por mês nos técnicos envolvidos apenas com fluoroscopia do sistema GI. Nesses níveis, não é necessário transferir uma técnica que esteja grávida para manter a exposição do feto a fluoroscopia abaixo dos níveis máximos permitidos. A transferência, entretanto, deve ser considerada em uma base .
A equipe deve ser cautelosa se for usar os aventais ditos "leves" ou aqueles que têm grandes decotes nos braços e ao redor do pescoço. Isso permite maior exposição aos órgãos dose-sensíveis, como a tireóide, os pulmões e mesmo as mamas em certos ângulos.
Muitos aventais antigos não possuem proteção especial para a tireóide. Eles podem ter uma proteção à parte em forma de colarinho, que pode ser usado com o avental decotado , ou podem ser do novo tipo, que inclui uma extensão para o pescoço com o objetivo de proteger a tireóide .
Usar os escudos de tireóide quando disponíveis está de acordo com o princípio ALARA, mas toda a redução na dose efetiva e o risco com o uso dos escudos tireoidianos são muito pequenos. Além disso, não é necessário o uso de proteção de chumbo adicional usando luvas e óculos de chumbo especiais pelos técnicos durante os procedimentos de rotina na fluoroscopia do trato GI se as recomendações forem seguidas.
Limites de Taxas de Exposição a Fluoroscopia Devido ao potencial de altas doses de exposição do técnico e do paciente durante a fluoroscopia, os padrões federais americanos estabelecem limites de freqüência de exposição das unidades intensivas de fluoroscopia a 10 R/min. Com os equipa­mentos mais modernos, entretanto, a média da freqüência da fluoroscopia está entre 3 ou 4 R/min.

Proteção do Paciente
Técnicos/radiologistas profissionais subscrevem o código de ética que inclui a responsabilidade pelo controle e pelo limite de exposição de radiação a todos os pacientes que estão sob seus cuidados. Essa é uma responsabilidade séria, e cada uma das sete formas para reduzir a exposição do paciente deve ser compreendida e constantemente posta em prática conforme descrito nas próximas páginas. São elas:
1. Repetir ao mínimo as exposições
2. Filtração correta
3. Colimação precisa
4. Proteção específica de área (proteção gonadal e das mamas para as mulheres)
5. Proteção para as grávidas
6. Uso de combinações de filme-écran de alta velocidade (não aplicável para
imagens digitais)
7. Exposição mínima do paciente através de incidências seleciona­ das e de fatores
de exposição com a menor dose para o paciente. Exemplos disso são como se seguem:
O uso de técnicas com altas kVp e baixos mAs (Cap. 7, AP de pelve)
O uso de incidências em PA em vez de AP para reduzir a dose na região torácica ântero-superior
(área do pescoço ou da tireóide, bem como as mamas nas mulheres) (Cap. 9, genes da escoliose)
Observação: A dose no olho não é considerada na determinação da dose efetiva. Doses maiores
que aquelas normalmente recebidas no diagnóstico radiológico são suficientes para levar ao
desenvolvimento de catarata.
1. REPETIR AO MíNIMO AS EXPOSiÇÕES
A primeira forma básica e mais importante de prevenir a radiação desnecessária é evitar que as radiografias sejam repetidas. Uma das principais causas para a repetição das radiografias é a má comunicação entre o técnico/radiologista e o paciente.
2. FILTRAÇÃO CORRETA
A filtração do feixe primário de raios X reduz a exposição do paciente por absorver a maioria dos raios X "inúteis" de baixa energia, que ex­põem basicamente a pele do paciente e os tecidos superficiais. O efeito final da filtração é um "endurecimento" do feixe de raios X, resultando no aumento de sua energia efetiva ou penetrabilidade.
A filtração é descrita de duas formas. A primeira é inerente ou própria das estruturas de filtração que compõem o tubo de raios X. Na maioria dos tubos de raios X, há aproximadamente 0,5 mm de alumínio (AI) equivalente.
A segunda e mais importante para os técnicos/radiologistas é a filtração adicionada, que é o grau de filtração adicionada entre o tubo de raios X e o colimador e pelo próprio colimador.
A filtração mínima total (inerente mais adicionada) equivale a 2,5 mm de AI para equipamentos geradores de 70 kVp ou mais
O alumínio (AI) é o metal mais comumente usado para filtros em diagnóstico radiológico, juntamente com o molibdênio (Mo), freqüentemente usado em mamografia. A filtração adicional necessária, conforme estabelecido pelas leis federais americanas, depende da faixa de operação da kVp do equipamento. Os fabricantes de equipamentos de raios X devem atender a esses padrões.
Verificação Periódica da Filtração A filtração do equipamento de formação de imagem deve ser anualmente avaliada e após um reparo grande do equipamento, como a troca do tubo ou do colimador. Isso deve ser feito por profissionais qualificados, como um físico médico. A responsabilidade do técnico/radiologista é garantir que o material do filtro seja apropriado em cada tubo checado quando necessário e que este permaneça em seu lugar.

3. COLlMAÇÃO PRECISA
A colimação precisa é uma forma essencial de reduzir a exposição do paciente por limitar o tamanho e a forma do feixe de raios X apenas para a área de interesse clínico ou para a região que se precisa visualizar no receptor de imagem.
O conceito de divergência do feixe de raios X deve ser considerado na colimação precisa. Além disso, o campo iluminado que aparece na superfície da pele do paciente aparecerá menor que o tamanho verdadeiro da região anatômica a ser colimada. Isso é mais evidente em exames como uma torácica lateral ou coluna lombar em que há uma distância considerável entre a superfície da pele e o filme na bandeja Bucky. Nesses casos, o campo iluminado, quando corretamente colimado na região de interesse, aparecerá muito menor, a menos que se considere a divergência do feixe de raios X.
Colimação e Dose Tecidual Uma colimação precisa e estreita na área de interesse resulta em uma grande redução na dosagem tecidual ao se afastar das bordas do campo de colimação dos raios X. Por exemplo, a dose de 3 cm dos limites do campo de exposição receberá cerca de 10% do que foi recebido no campo. Na distância de 12 cm, a dose será de apenas 1 % da recebida no campo.*
Essa prática de colimação precisa apenas na área de interesse reduz a exposição do paciente de duas formas. Primeira, reduz o volume de tecido diretamente irradiado, e segunda, reduz a radiação dispersa associada. Essa radiação dispersa resultante da falta de colimação precisa ou outra proteção não apenas expõe o paciente a uma exposição maior e desnecessária mas também resulta em queda da qualidade de imagem pelo efeito de "névoa" resultante do efeito de dispersão de radiação. (Isso é especialmente verdadeiro em áreas de grande volume tecidual, como o abdome e o tórax.)
Três Razões para a Colimação nos Quatro Lados Além (1) da redução da exposição do paciente e (2) da melhora da qualidade de imagem, uma terceira razão para essa regra geral é a de que pelo me­nos uma colimação visível em todos os quatro lados é um sistema de verificação que garante que ocorrerá a máxima colimação. Se não houver uma borda visível de colimação na radiografia ou em um ou mais lados nos exames feitos na mesa onde não há colimador automático, então não haverá evidência de que existe um feixe primário restrito.
O benefício a mais em se ter pelo menos alguma colimação em to­dos os quatro lados, se possível, é a capacidade de se verificar o resultado final para corrigir a localização do raio central. Como descrito anteriormente neste capítulo, isso é feito imaginando um grande X se estendendo dos quatro cantos do campo do colimador, em cujo centro se localiza o raio central.
Regra de colimação: Uma regra geral seguida ao longo deste livro indica que a colimação deve limitar o campo de exposição apenas à área de interesse, e as bordas de colimação devem ser visíveis nos quatro lados do filme se o tamanho do receptor de imagem for grande o suficiente para permitir isso sem "cortar" a anatomia essencial.

4. PROTEÇÃO ESPECíFICA DE ÁREA
A proteção específica de área é necessária quando um tecido ou órgão radiossensível, como a glândula tireóide, as mamas e as gônadas, estão dentro ou próximo do feixe útil.
Exemplos desse tipo de proteção de área são as proteções de mama e de gônadas, que podem ser usadas sobre as ma­mas das mulheres e nas gônadas de homens e mulheres em exames como a série de coluna para escoliose.
A área mais comum e importante de proteção é a gonadal, usada para proteger os órgãos reprodutores contra a radiação quando eles estiverem dentro ou próximos ao feixe primário.
Os dois tipos gerais de escudos de áreas específicas são os escudos de sombra e os escudos de contato. Escudos de Sombra Como o próprio nome sugere, os escudos de sombra são dispositivos fixados na cabeça do tubo ou do colimador, colocados entre o tubo de raios X e o paciente,com o objetivo de fazer uma sombra de proteção sobre áreas específicas a serem protegidas.
Outro tipo mais novo e comum , são escudos individuais de mama e de gônadas são presos com ímãs diretamente na ponta do colimador. Eles podem ser também combinados a filtros de compensação feitos de chumbo para fornecer uma exposição mais uniforme das partes do corpo que não são uniformes, seja pela espessura, seja por sua densidade, como nas radiografias para avaliação de escoliose nas colunas torácica e lombar .
Escudos Gonadais de Contato Os escudos gonadais chatos de contato são mais usados em pacientes na posição deitada. Grandes escudos de chumbo cobertos com vinil equivalentes a 0,5 mm de chumbo colocado ssobre a região gonadal em geral podem ser usados para absorver a radiação dispersa e/ou que vaza. Esses escudos são geralmente feitos dos mesmos materiais de vinil impregnados com chumbo usados para aventais de chumbo.
Os escudos gonadais de contato, que absorvem de 95% a 99% dos raios primários na faixa de 50 a 100 kVp, precisam de um mínimo de 1 mm de equivalente de chumbo quando posicionados no campo primário de raios X.
Homem Os escudos gonadais para os homens devem ser posicionados distalmente à sínfise púbica, cobrindo a área dos testículos e da bolsa escrotal . A margem superior do escudo deve estar na sínfise púbica. Os escudos menores devem ser usados em adolescentes pequenos e em crianças. Eles são levemente presos na porção superior e na porção mais larga que o ápice, para melhor proteger os testículos e a bolsa escrotal sem obscurecer as estruturas pélvicas e do quadril.
Mulheres O posicionamento dos escudos gonadais nas mulheres para cobrir a região dos ovários, trompas de Falópio e útero é um pouco mais complicado de se determinar. Uma diretriz geral para mulheres adultas é proteger uma área de 11 a 13 cm, proximal ou superior à sínfise púbica, e 8 a 9 cm em cada lado da linha média da pelve. A borda inferior do escudo deve estar na sínfise púbica, ou ligeiramente acima, com a borda superior se estendendo pouco abaixo do nível da ElAS (espinha ilíaca ântero-superior) .
Os escudos gonadais, se posicionados corretamente, reduzirão a dose gonadal de 50% a 90% se as gônadas estiverem no campo principal do feixe de raios X.
Entretanto, a importância de se proteger órgãos radiossensíveis e as gônadas de crianças e adultos em idade reprodutiva contra a exposição desnecessária à radiação deve ser uma motivação suficiente para a prática constante de três regras para a pressão gonadal
1- Deve ser usada em todos os pacientes em idade potencialmen­te reprodutiva. Uma política departamental comum inclui uma região de proteção específica para todas as crianças e adultos em ida­de reprodutiva. (Uma boa política seguida por muitos departamentos é proteger as gônadas dos pacientes sempre que possível.)
2- Deve ser usada quando as áreas sensíveis à radiação estiverem dentro ou próximas(5 cm) do feixe primário, a menos que a proteção obscureça a informação essencial ao
diagnóstico.
3. A colimação de feixe preciso e um cuidadoso posicionamento devem sempre estar presentes junto com o uso do escudo. A proteção de área específica é importante, mas deve sempre ser uma medida de proteção secundária e não um substituto de uma colimação precisa.

5- PROTEÇÃO PARA AS GRÁVIDAS
As grávidas e as potencialmente grávidas requerem atenção especial pela evidência da sensibilidade especial do embrião em desenvolvimento à radiação. Essa preocupação é especialmente crítica durante os 2 primeiros meses de gravidez, quando o feto é mais sensível à radiação e a mãe geralmente ainda não sabe estar grávida.
No passado, a regra dos dez dias ou UPM (último período menstrual), como determinado pela ICRP - International Cornmission on Radiation Protection, foi usada para proteger a gravidez potencialmente mais precoce. Essa regra estabelece que todos os exames radiológicos que envolvem a pelve e o andar inferior do abdome devem ser agenda­dos durante os primeiros 1 O dias após o início da menstruação porque não haverá concepção nesse período. Essa regra recentemente vem sendo abandonada, como registrado em vários documentos tanto pela ICRP como pelo American College of Radiology, devido aos potenciais prejuízos no cancelamento de procedimentos essenciais envolvendo raios X durante esse período de 10 dias. Estudos mostraram que, se os exames de raios X são clinicamente indicados, eles devem ser feitos, mesmo nesse período. Exceções a isso estão nos exames em que há uma alta dose na região pélvica ou procedimentos de fluoroscopia, que podem ser adiados por algumas semanas sem que haja o comprometi­mento da saúde do paciente. Entretanto, pôsteres ou cartazes devem ser fixados nas salas de exame e nas salas de espera, lembrando as pacientes de avisarem se estão grávidas Se os procedimentos de raios X forem realizados durante esse período potencial de gravidez, é importante usar todas as práticas de proteção contra radiação já descritas, especialmente uma colimação cuidadosa.
Para as sabidamente grávidas, os seguintes exames resultam em doses altas para o feto ou embrião e requerem a confirmação com o médico que solicitou o exame e o radiologista de que o referido exame está mesmo indicado:
Coluna lombar - Sacro e cóccix , Urograma venoso (UV) , Procedimentos fluoroscópicos (abdome)
Pelve . Fêmur proximal e quadril . Tomogratia computadorizada.


6- COMBINAÇÕES ÓTIMAS DE FILME / ÉCRAN DE ALTA VELOCIDADE (NÃO APLICÁVEIS A IMAGENS DIGITAIS)
A sexta prática de proteção envolve o uso da combinação do filme-écran de alta velocidade, o que reduz drasticamente a dose ao paciente. Para todas as combinações de filme-écran, mais de 99% das imagens radio­gráficas resultam da emissão de luz por uma tela intensificadora e me­nos de 1 % de raios primários por si sós. Além disso, a velocidade das telas intensificadoras possui grande efeito na exposição necessária do paciente para realizar as radiografias.
Determinados écrans de alta velocidade, preparados com terras raras, em uso comum hoje em dia, têm velocidades 4 ou mais vezes maiores do que a dos écrans usados mais comumente de velocidade 100 (velocidade par). Por conseguinte, a exposição do paciente pode ser reduzida em um quarto ou mais.
Alguns filmes com uma emulsão mais espessa ou com diferentes tinturas químicas são também rápidos e mais sensíveis, além de reduzirem a quantidade de exposição necessária. Entretanto, o uso de telas e filmes de alta velocidade resulta em maior perda de definição ou de precisão dos detalhes da imagem, e o radiologista deve balancear a redução da exposição do paciente com uma perda potencial de detalhes na imagem resultante. Uma prática comum é usar telas de velocidade 100 (detalhe) mais lentas nos exames de mesa, como membros superiores e inferiores, quando a grade não é usada e quando for importante a riqueza de detalhes.
Écrans de maior velocidade são comumente usadas para partes grandes do corpo, quando são necessárias grades e técnicas de alta exposição.
Regra Filme / Écran. O uso da combinação de filme / écran com alta velocidade resulta em radiografias aceitáveis para diagnóstico.
Observação: O protocolo ou rotina departamental geralmente indica qual a combinação de filme-écran e velocidade deve ser usada para cada tipo de procedimento. Essa não é uma decisão normalmente feita pelo técnico/radiologista individualmente.

7. EXPOSiÇÃO MíNIMA DO PACIENTE ATRAVÉS DE INCIDÊNCIAS SELECIONADAS E DE FATORES DE EXPOSiÇÃO COM A MENOR DOSE PARA O PACIENTE
A sétima e última forma com a qual os técnicos/radiologistas podem reduzir a exposição do paciente como descrito neste texto requer com­preensão e consciência da quantidade de radiação que o paciente recebe em cada exposição. Por exemplo, os técnicos/radiologistas devem conhecer o efeito de diversas combinações de exposições na dose do paciente. Eles também devem saber as diferenças de dose da tireóide e das mamas em AP comparadas com as incidências de PA para cabeça, pescoço e andar superior do tórax. Da mesma forma que a boa com­preensão da anatomia é importante no aprendizado das posições, algum conhecimento nas faixas de dose do paciente é igualmente importante para cada incidência ou procedimento radiográfico.Quando a repetição for necessária por erro de técnica ou de Ceci­namento, aproximadamente o quanto de dose adicional está sendo dado ao paciente?
Qual o efeito da dosagem quando a kVp aumenta e o mAs diminui? Quanto à dose ovariana pode ser reduzida para certas incidências, como o quadril feminino, se o escudo ovariano está adequadamente posicionado? Quanto mais de dose podem os testículos receber em uma axio lateral ou lateral ínfero-superior do quadril, comparadas com outras incidências laterais de quadril?Para os técnicos/radiologistas responderem a essas perguntas, doses de amostra dos pacientes estão incluídas em cada incidência descri­ta neste livro em um pequeno retângulo como mostrado no canto superior direito e conforme descrito abaixo:

CÁLCULOS DE DOSES
Dose da Pele (Cut) A dose de entrada da pele foi determinada usando-se certos fatores de ajuste com a distância fonte-pele e considerações sobre dispersão retrógrada. Assim, a exposição em roentgen (R) emitida pelo tubo de raios X é convertida em unidades de absorção de doses na pele medidas em millirad (mrad).
Dose da Linha Média (LM) As doses da linha média são semelhantes às doses órgão-específicas localizadas na região mediana do corpo. Todas as doses listadas presumem uma colimação precisa da região de interesse.
Dose Gonadal (Gon) As doses gonadais estão listadas para homens (H) e mulheres (M) e não adotam nenhuma proteção específica quando usadas.
Essas doses devem ser 50% a 90% inferiores àquelas lista­das se os escudos gonadais forem corretamente usados como descrito nas proteções gonadais de
contato na página anterior.
Essas doses gonadais são dadas sem que haja uma proteção, para lembrar ao
técnico/radiologista a extrema importância da proteção gonadal sempre que possível, quando as mesmas estiverem dentro ou próximo do campo de exposição primário de maneira que tal proteção não cubra a anatomia essencial.
As doses gonadais para certos procedimentos dos membros superi­ores e inferiores e procedimentos na região da cabeça e do pescoço estão indicadas com SCD (sem contribuição detectável). Isso indica que as medidas foram feitas, mas a contribuição para a dose gonadal foi insignificante.
Doses para Tireóide e/ou Mamas Certas incidências da cabeça, pescoço e tórax incluem uma dose primária significativa e/ou de dispersão para a glândula tireóide e/ou mamas, que são órgãos radiossensíveis e que devem, se possível, ser protegidos. Essas doses substituirão as doses gonadais onde for possível, para enfatizar a necessidade de se proteger essas regiões ou de se realizar incidências em PA, em vez de AP quando possível.

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